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Trekking em Conceição de Ibitipoca - Circuito das Águas (MG) - Janeiro 2010

Primeiro dia

Saimos do Rio de Janeiro bem cedo, por volta das 6 da manhã, e fomos em direção à Petrópolis, depois em direção a Juiz de Fora, pela BR 040.
Mais 30 minutos e saimos da estrada principal e entrando no municipio de Lima Duarte, em uma estrada sinuosa e esburacada ate o centro.
Lá chegando, pega-se uma estrada  de terra até Ibitipoca. Há um rio que corta a cidade e para chegar a esta estradinha, deve-se cruzar a ponte e margear o rio para a esquerda.


A frente, há uma pequena placa indicando o caminho (Deve-se ficar atento porque não é muito sinalizada).
A estradinha é esburacada e sinuosa mas, com um visual lindo. Aos poucos é possivel avistar  entre a mata, formações rochosas tipicas da região.
Já no final da estrada, começam as subidas mais ingremes que, para facilitar a passagem em dias chuvosos, colocaram pedras para evitar as derrapagens. O problema é que este suposto calçamento é muito irregular e não é possivel acelerar um pouco mais para a subida. 
Resultado: você é obrigado a subir em primeira marcha (se tiver amor ao seu carro!) e em alguns locais, a derrapagem é inevitavel. Por isso, se tiver um carro de passeio, sem tração nas 4 e estiver pesado, torça para não chover na subida.
 

 
A cidade é bem pequena. Na verdade, duas rua paralelas formam o centro. Toda de paralelepipedo.
Logo na subida há um camping bem movimentado (inclusive a noite), que deve ser evitado se esta buscando sossego.
Seguindo em frente, há outro camping (proximo a entrada do Parque). Neste, se encontra paz e conforto: piscina, sauna, um pequeno salão de jogos, mas ele não possui ponto de energia elétrica. Decidimos por esse!
Nesse primeiro dia em Ibitipoca, aproveitamos para conhecer o lugar, provar a comida mineira do lugar (que é ótima) e dar uma olhada nas lojinhas da região, que vendem artesanato e camisas bem interessantes. 


Segundo dia

 
Chegando-se ao Parque, que na ocasião abria às 9h (por ser feriadão), você vai ver uma fila logo na entrada e uma bilheteria. 
Na epoca em que fomos (janeiro de 2010) a entrada custava 15 reais, nos finais de semana, com desconto para estudantes.
Na entrada é legal dar uma olhada no Centro de Visitantes, mesmo que você va fazer a trilha para a Janela do Céu (que começa antes da chagada a este Centro). Lá descobre-se muito sobre os animais que podem ser encontrados dentro do Parque e sobre as trilhas.
 
Principalmente sobre a trilha para a Janela do Céu que é a mais longa e famosa da região. São, aproximadamente, 16 km com varias cavernas e acidentes naturais. 
Nessa ocasião não fizemos essa trilha, que era nosso destino principal, por falta de tempo. Mas decidimos  voltar, o que acontecerá em breve e, com certeza, será postado aqui.
Mas, fizemos o circuito das águas, que tem um visual deslumbrante e inesquecível. Nossa viagem não foi em vão.
O lugar é tão bonito, mas tão bonito, que você acaba se embrenhando em todos os cantos para descobrir mais e mais.
Passamos pela Gruta dos Coelhos
 

que possui uma nascente e tem conexão com outra gruta do Parque, que sai distante cerca de 50 metros, na mesma trilha. Vale a pena conferir
Logo depois, pegamos a trilha do Circuito das Águas, com aproximadamente 5 km de extensão. O tempo que se leva para percorrer esses 5 km depende do tempo em que se vai parar em cada atrativo, que não são poucos.

 
A trilha começa na Prainha, local de rara beleza, com águas cor de coca-cola, que forma outros pequenos lagos, rodeado de areia branca, formando pequenas praias, de onde vem seu nome.
Logo após a Prainha esta trilha segue em direção ao Lago dos Espelhos. É um grande lago, fundo, com uma bela cachoeira bem em frente a uma pequena praia.
 
Para visitar o restante do percurso, volta-se pela mesma trilha até a prainha e sobe-se, à esquerda, por uma escada de madeira até o topo de uma pequena encosta, de onde se tem uma bela visão do local.
A trilha segue em direção a Cachoeira dos Macacos, 
 
 
porém, antes, tem-se a visão estonteante da Ponte de Pedra.
Uma enorme caverna escavada pela força das águas ao longo dos anos. É um lugar que atrai e intriga, ao mesmo tempo. Pois além de linda, possui uma vegetação peculiar, dando a impressão que a qualquer momento vai aparecer um dinossauro.
Na volta da Cachoeira do Macacos e da Ponte de Pedra, a trilha sobe a esquerda em direção ao Lago Negro. Suas águas escuras e frias, são um convite a um "tibum" refrescante, após 3:30h de trilha (que foi o tempo que levamos). Lembrando que fomos no verão e o sol estava muito quente.



Dicas e Curiosidades


* Lembre-se de tomar cuidado no trecho final da estrada de terra, quase chagando a Ibitipoca: pedras soltas, subidas íngremes e esburacadas.

* A cidade é pequena e não há muitas opção para se fazer refeições. Leve comida para emergencias.

* Ao receber o bilhete na entrada do Parque, guarde-o pois será necessario apresenta-lo na saiba.

* Não leve nada proibido ou pegue qualquer coisa no Parque (pedras, vegetação etc), pois os guardas podem olhar as mochilas dos visitantes

* As trilhas são muito abertas, com vegetação rasteira. Por isso JAMAIS esqueça: muita água, protetor solar e chapéu.

* Há uma unica cantina no Parque (próxima a área do camping e da Prainha), que é opção "no desespero", pois é muito cara. Leve seu lanche.

* O parque é pequeno e tem limite de visitantes. Chegue cedo pois certamente haverá uma fila na entrada.

* Pegue informações sobre as trilhas que vai fazer, principalmente se for para a Janela do Céu.

* Leve máquina fotográfica e filmadora porque o que não falta é lugar bonito para registrar


Mais Infomações


* http://www.ibitipoca.tur.br/parque

Pedra Celada - Visconde de Mauá (RJ) - Fevereiro 2010

Estávamos no Vale do Alcantilado e acordamos cedo para fazer um "bate e volta" na trilha da Pedra Celada. 
Daquele ponto, seguimos até o momento em que a estrada bifurca, a esquerda em direção a Mirantão. 
Neste momento, dobramos a direita em direção a Pedra Celada.
A estrada é linda e tiramos várias fotos.
Para chegar ao ponto inicial da trilha, dobramos a direita em uma estradinha sinuosa que passa por dentro de um estábulo até o estacionamento. Dali, pode-se visualizar a Pedra de um ângulo maravilhoso.
A trilha passa por duas porteiras e segue rodeando os montes e vales. 
É trilha "Pra Gente Grande" pois é pesada, é subida o tempo todo e, a partir da metade, fica ainda mais cansativa pois sobe-se por pedras e raizes de forma muito íngreme! 
Ao longo do trajeto, pode-se ver algumas cachoeiras, mas sugiro deixar o banho em suas águas geladas para a descida.
No topo, você entende o porque de tanto sacrifício. O visual é simplesmente maravilhoso e realmente compensa todo o esforço da subida... inclusive o esforço da descida, que força, e muito, os joelhos!





Dicas e Curiosidades


* No estacionamento evite deixar seu carro na sombra. Há uma enorme jabuticabeira que pode acabar manchando seu carro e, muitos praticantes estacionam colado a seu carro impedindo a saída;


* Há três cachoeiras pela trilha. A primeira, que fica a esquerda (ainda no início) é a melhor e a mais bonita. Deixe o banho para a volta;


* Esta trilha é MUITO pesada portanto, leve um bom lanche;


* Existe água pela trilha mas não esqueça do Clor-in;


* Não esqueça o protetor solar porque em algumas partes a trilha é bem aberta e do repelente (essencial);


* Em fevereiro de 2010 o valor cobrado era de R$3,00 por pessoa e R$ 5,00 pelo estacionamento

Abertura da temporada de Montanhismo 2010 no RJ


 A Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro (FEMERJ) comunica a realização da 23ª edição da Abertura de Temporada de Montanhismo (ATM 2010), que acontecerá das 9h às 17h, do dia 25 de abril (domingo), na Praça General Tibúrcio, localizada na Praia Vermelha, Urca, Rio de Janeiro.

Neste ano, com a publicação do decreto nº 31906 (Diário Oficial de 18 de fevereiro), assinado pelo prefeito Eduardo Paes, a ATM passou a constar no calendário de eventos oficiais da cidade do Rio de Janeiro.
A Abertura de Temporada de Montanhismo tem entrada gratuita e conta com a participação de tradicionais clubes e entidades de montanhismo.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e a Secretária Municipal de Meio Ambiente (SMAC) também estarão presentes.

Quem comprar uma camiseta da ATM, concorrerá a brindes que serão sorteados no final do evento. As camisetas estão à venda nos clubes de montanhismo.



Fonte: E-trilhas

Trekking na Pedra do Sino - Julho 2008

Teresópolis - Rio de Janeiro


Sexta-Feira

Saimos do Rio de Janeiro às 6 h com tempo bom e sem ameaça de chuva, rumo a Teresópolis onde fica a sede alta do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. (seguimos pela BR 116 - Norte).
O trecho até Guapimirim (Parada Modelo) vai bem, em pista dupla e asfalto liso. A partir daí, justamente no início da serra, a pista passa a ser de mão dupla e o asfalto é substituido por placas de concreto. Torça para não encontrar na sua frente um caminhão ou ônibus lento, pois a ultrapassagem é muito perigosa.
Passamos pelo portal de entrada de Teresópolis e em pouco mais de 1,5 km a esquerda esta a entrada do parque.

Chegamos lá às 7:20 h e aguardamos até as 8:40 h quando chegou a funcionária responsável pela portaria (a portaria deveria abrir as 8 h).
O guarda-parque estava alertando a todos que o sol estava forte, mas que a noite a temperatura caia muito fazendo, inclusive, temperaturas negativas.

Começamos a caminhada com temperatura baixa, por isso não dispensamos os casacos, apesar de saber que em pouco tempo iriamos tirá-los.



Como o tempo estava MUITO seco, quando chegamos ao Véu da Noiva (nossa primeira parada), descobrimos que ela estava seca, sem água.



Pausa para fotos, água e um pequeno descanso. Seguimos a diante.
A umidade relativa nesta ocasião estava perto dos 20%, o que dificultou muito nossa subida. Porém, como sempre gostamos de fazer, esquecemos o relógio e nos concentramos nas paisagens.



É uma trilha longa e cansativa. No início bastante íngreme e devido ao chão coberto de pedras (algumas soltas) cansa muito mais, principalmente porque, o corpo ainda esta frio.
A partir do Véu da Noiva ela começa a " ziguezaguear" e se torna um pouco mais amena.



A trilha foi linda: céu aberto, sem vento. Porém, nosso grande inimigo foi a baixa umidade do ar, que secava a garganta e quase acabou com nossas reservas de água, uma vez que não conseguimos água na nossa primeira parada.



A partir do Papagaio tivemos que racionar um pouco mais a água pois sabíamos que só a encontraríamos no Abrigo 4... Torcíamos para que lá a fonte não estivesse seca.
Então, continuamos a trilha rumo ao Abrigo 4.

 

A essa altura o sol já castigava forte. Sorte nossa que logo após o Papagaio, o caminho que vai pela face leste da montanha muda o curso, contornando-a pela face oeste, o que torna a trilha um pouco mais úmida e fechada, com bastante vegetação. E foi isso que aliviou um pouco mais o calor e saber que estávamos próximos do nosso destino.

Já próximo ao Abrigo, na parte alagada da trilha (por volta das 14 h) tivemos uma prévia do que nos aguardava a noite.



Ao chegar no Abrigo 4 (com quase 6 h de trilha percorrida) nos deparamos com mais de 20 barracas. Por isso decidimos seguir a trilha em direção ao Pico e montar acampamento em outro local mais a frente.
Enquanto o sol se despedia, o frio e o vento davam as boas vindas. Montamos rapidamente nossa barraca.





Por volta das 20 h começou a ventar muito.
As 20:30 h o vento estava insuportável, a ponto de não conseguirmos acender o fogareiro para fazermos o jantar. Tivemos que comer Miojo "meio cru, meio cozido". Com a fome que estávamos, o "biscoito" de Miojo caiu muito bem.

Conforme o tempo passava o vento aumentava sua intensidade e com ele, o frio. Passamos uma madrugada de vento muito forte e muito frio. A 1.680 metros de altura a temperatura cai absurdamente. Usamos todas as meias e camisas que tinhamos a disposição.
No dia seguinte, ficamos sabendo que os termômetros registraram -1.8º C.
Foi Foda!

Sábado


Para nossa surpresa, o dia nasceu simplesmente maravilhoso. Sem nuvens e, principalmente, sem vento...
Subimos ao Sino as 6 h para ver o nascer do sol. Uma caracteristica interessante é que nesta época do ano o sol nasce por trás dos Três Picos (Nova Friburgo) o que dá um charme a mais.



 







Passamos a manhã e a tarde pela Pedra do Altar e pela Pedra da Baleia:









Ao anoitecer decidimos garantir logo nosso jantar. Ficamos com medo que aquela ventania da noite anterior resolvesse nos visitar novamente, rs.
Subimos mais uma vez ao Sino para ver o pôr-do-sol e o nascer da lua. É de fato um espetáculo fabuloso. Lamentamos que nossa máquina não possuisse objetiva pois a lua estava estrondosa.




Domingo

Acordamos por volta das 7:30 h e após um bom café da manhã desmontamos acampamento e começamos a descer, já com muita saudade, pois o local é fascinante.
Chegamos a portaria do parque com 3:15 h de caminhada, pagamos a segunda pernoite e voltamos pro Rio com a certeza de que voltaremos lá outras vezes.




Dicas e Curiosidades:

* Se você pensa em passar mais de uma noite no parque (como nós fizemos) pense duas vezes. A portaria é extremamente desorganizada e tem ordens de, em alta temporada, só permitir uma pernoite. O problema é que não há esse aviso em lugar algum, e ninguém responde aos inúmeros e-mails mandados à administração do Parque. Na portaria, chegou-se ao ponte de sugerir que subíssemos na sexta, descessemos no sábado para pagar mais uma pernoite e subíssemos novamente. rs (parece piada mas não é).

* Não esqueça de levar Clor-in. A água é de uma fonte mas não custa se prevenir.

* Faz frio o ano inteiro, principalmente a noite. Não esqueça isolante térmico, o saco de dormir e agasalhos.

* Faça o monitoramento da previsão do tempo no local para não ser pego desprevenido por alguma tempestade etc

* Não é permitido o acampamento no topo da pedra. Os guarda-parques costumam subir a noite para verificar. Se te pegarem, mandam descer

* Protetor solar é indispensável

* Cuidado ao explorar o local. É cheio de pedras sobrepostas e com a vegetação acaba escondendo fendas de mais de 20 metros, principalmente na base da pedra.